Novo ritmo

Tirei o pé do acelerador. O corpo, ou melhor, a cabeça, andou dando sinais de que a alta velocidade dos últimos dias estava sendo demais pra pobrezinha. O objetivo de agora em diante, em relação a praticamente tudo, é esquecer a linha de chegada e tentar aproveitar a paisagem.

Conversei sobre isso com meu personal e disse que, por hora, os desafios estão sumariamente suspensos. Não quero vencer nada, nem a mim mesma. Quero apenas colocar a endorfina pra circular, a cabeça pra esvaziar, o corpo pra relaxar. Quero, enfim, fazer atividade física porque ela me faz bem. Não pra emagrecer, não pra tornear, não pra participar da próxima corrida. Apenas pra ter um sorriso gostoso no rosto e um sono melhor ainda.

Isso também vale pra dieta. A partir de agora, só me peso na nutricionista, às terças. Mas sem expectativas, sempre que possível (confesso que esse será um exercício diário, mas que se mostra extremamente necessário). Chega de focar no quanto ainda preciso emagrecer, em quanto tempo isso vai acontecer e coisas do gênero. Quero estar bem comigo e, enquanto a dieta estiver me trazendo esse benefício, sigamos com ela.

A vida toda vai seguir nesse ritmo, a partir de agora. O ideal, eu sei, seria que eu pudesse desfrutar de alguns dias de férias, que eu pudesse viajar (nem que fosse pra ir ali, em Piri). Mas como isso não vai ser possível até o final de novembro, preciso pensar em alternativas pra não pifar de vez até lá.

Sim, eu ando muito cansada. Mas nada como um momento como esse pra mostrar que, talvez, seja hora de mudar a maneira como eu ando levando as coisas. Pra me apresentar um novo ritmo que, quem sabe, passe a ser o oficial por essas bandas de cá a partir de agora.