Reconciliação

leveza
Tenho pensado ultimamente sobre algumas atitudes que tenho comigo mesma. Tendo a ser muito exigente, colocando um peso enorme sobre meus próprios ombros, me cobrando exageradamente e exigindo de mim mesma um padrão muitas vezes inatingível – se não inantingível, atingível com um esforço quase sobre-humano.

Consigo enxergar isso em todas as áreas da minha vida. Um belo exemplo é a minha vida acadêmica: tirei nota máxima em 3 das 4 matérias que fiz nesse primeiro semestre, porém em uma matéria fiquei com um B (algo em torno de 8,8). Ao invés de sentir extrema alegria e satisfação por ter ido tão bem nesse início, acabei ficando chateada por não ter ido perfeitamente.

Perfeição. Talvez essa seja a palavra que melhor define muito da minha busca – consciente e inconsciente. Por mais que eu já tenha avançado, ainda me pego, como no exemplo acima, buscando ser perfeita. Buscando ter todas as estrelinhas no caderno. Só que, pra isso, eu acabo sendo muito pouco gentil comigo mesma. E isso, claro, tem consequências pouco agradáveis.

Como comentei no último post de 2013, desde que cheguei aqui eu engordei. Engordei porque ainda não consigo lidar muito bem com minha montanha-russa emocional. Mas mais do que isso, engordei porque exijo de mim ser perfeita e saber lidar com tudo o que me cerca. Engordei porque muitas vezes fico de mal de mim mesma.

É aqui que entra a palavra do título: reconciliação. Espero, sinceramente, iniciar uma jornada de reconciliação comigo mesma, aprendendo a ser menos exigente com a minha própria pessoa. Espero conseguir me aceitar melhor (sim, porque tanta necessidade de ser perfeita revela que eu nem sempre me aceito como sou), aprender a me ouvir e a me entender. Espero, enfim, viver com mais leveza.

E uma vida leve, a gente sabe, acaba se refletindo em tudo. Inclusive na balança. E é isso o que eu desejo também pra você nesse comecinho de ano: que você se reconcilie consigo mesmo, vivendo uma vida cada vez mais cheia de leveza!